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Ao ingressar na arte marcial do Jiu-Jitsu, no ano de 2001, aprendendo valores como disciplina, resiliência e comprometimento, comecei a pavimentar um caminho de muitas experiências não somente como atleta, mas também como professor. No ano de 2008 fui graduado a faixa preta onde seguindo as tendências de modernização do esporte, procurei não deixar de lado a eficiência e a disciplina do Jiu-Jitsu antigo, ao mesmo tempo buscando estar apto a passar adiante os conhecimentos mais atualizados da arte suave. Com experiência em países como Estados Unidos, Emirados Árabes, Japão e continente Europeu, pude trazer na bagagem o conhecimento e a cultura de diferentes lugares, porém acreditando que o Jiu-Jitsu nos faz semelhantes.
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25/02/2022
Artigos
Implicaçoes da Ansiedade na Performance do Atleta
Acredita-se que em torno de 70% da performance do atleta está relacionado ao seu estado emocional e apenas os outros 30% exclusivamente à sua técnica e ao seu preparo físico. Nosso corpo e mente estão sempre interligados e, por isso, nossos pensamentos desencadeiam reações fisiológicas que podem ser muito agradáveis ou extremamente desprazerosas. No contexto do esporte, um dos estados emocionais mais comuns e que mais impacta a performance do atleta é a ansiedade.
A ansiedade é um estado emocional normal e apenas é considerada um problema quando se torna intensa e recorrente, prejudicando a qualidade de vida do atleta e o seu desempenho. Desencadeamos ansiedade quando nossa mente entende que está passando por uma situação estressora – exemplo: um desafio, um problema, um perigo ou qualquer contexto que necessite da aMvação do corpo e da mente. Para levantar todos os dias de manhã no horário correto, por exemplo, precisamos desta aMvação. Para nos prepararmos para uma compeMção, para queremos vencer, precisamos de certa ansiedade, pois ela nos fornece energia psíquica, Quando o atleta está com sua saúde mental favorável, há o predomínio de pensamentos posiMvos e moMvacionais em relação ao momento em que está vivendo. Esse estado mental desencadeia reações fisiológicas agradáveis com a liberação de serotonina, endorfina, dopamina e demais hormônios relacionados ao prazer, acarretando em uma maior capacidade de concentração, foco, controle dos pensamentos, controle físico e, consequentemente, o atleta terá sua melhor performance.
Ao contrário, quando o atleta não está bem emocionalmente, há o predomínio de pensamentos negaMvos, puniMvos e desmoMvacionais, relacionados aos seus medos e inseguranças. Isso desencadeia reações fisiológicas desagradáveis, associadas o nosso insMnto de luta e fuga e à liberação excessiva de adrenalina, corMsol e demais hormônios relacionados ao stress. Resultado: o atleta acelera demais ou paralisa e esta descompensação prejudica diretamente o desempenho.
Portanto, é fundamental que o atleta se permita ao processo de auto-conhecimento, que pode ser feito através da psicoterapia, para que compreenda quais contextos lhe desencadeiam ansiedade e por quê; quais medos, inseguranças e pensamentos estão associados à sua carreira como atleta e como elaborá-los de forma a poder mostrar o melhor de si, em todos os aspectos da sua vida.

Claudia Maria Crocoli Antunes, Psicóloga CRP 07/20599. Especialista em Psicologia Clínica de Abordagem PsicanalíLca; Especialista em Psicologia do Esporte; Formação em Dinâmica de Grupo. Faixa preta de Jiu-Jitsu brasileiro.
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Samuel H. Canquerino é o Convidado do Jits Guy Podcast
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Nutrição Aplicada ao Jiu-Jitsu
Dentro das modalidades esportivas de combate, encontramos diversos indivíduos com objetivos diferentes: atletas profissionais, amadores e praticantes. É consenso entre profissionais e praticantes que o objetivo do esporte determina a intensidade e a frequência do treino, mas será consenso também a especificidade da alimentação perante diferentes objetivos? A ciência apresenta evidências científicas bem estabelecidas quanto a esse questionamento, revelando que a alimentação deve garantir as necessidades nutricionais de cada individuo e que está diretamente relacionada com a demanda de treino e intensidade. Contudo, busca-se como premissa básica a alimentação saudável.

Os princípios de uma alimentação saudável apresentam-se sob em quatro pilares:
- Qualidade: composta por alimentos que forneçam nutrientes necessários para suprir as necessidades do organismo.
- Quantidade: de acordo com a necessidade energética de cada indivíduo, levando em conta seu peso, altura, idade, sexo, frequência e intensidade dos treinos.
- Harmonia: equilíbrio entre os diferentes grupos de alimentos (carboidratos, proteínas, lipídios, vitaminas, minerais e água).
- Adequação: a dieta deve ser personalizada para cada indivíduo, assim como o treino. A adequação deve atender as necessidades fisiológicas e financeiras também.

Dicas básicas de uma alimentação saudável:
Mantenha a regularidade entre as refeições, distribua bem a quantidade de alimentos a ser consumida;
Consuma porções generosas de frutas e verduras, as recomendações estabelecem 5 porções ao dia;
Cuidado com bebidas alcoólicas, elas interferem diretamente na recuperação e adaptação ao treinamento;
Evite os doces e frituras, procure resistir.

Dicas básicas de alimentação pré-treino:
Mantenha-se hidratado durante todo o dia;
Ao escolher o alimento para consumir antes de treinar, pense no esvaziamento gástrico. Cada alimento tem um tempo diferente para ser digerido e assim como treinar em jejum não interessante, treinar com o estômago cheio também não é;
Cuidado ao consumir carboidratos de alto índice glicêmico (doces, açúcares, farinhas brancas, por exemplo) próximos aos treinos. Isso pode lhe causar uma hipoglicemia reativa, levando ao mal-estar geral ou outras consequências;
É importante consumir fontes de carboidratos e proteínas antes do treino.
Dicas básicas de alimentação durante o treino:
Mantenha-se hidratado consumindo água, repositores hidroeletrolíticos e carboidratos;
Repositores hidroeletrolíticos e carboidratos não são necessários em treinos leves, moderados e em até um hora de treino;
Suplemento durante o treino é muito particular.

Dicas básicas de alimentação após o treino:
A alimentação pós exercício deve levar em conta o objetivo de quem pratica: emagrecimento, desempenho e/ou manutenção.
Para a recuperação e adaptação, o indicado é consumir carboidrato e proteína. Essa ingesta pode ser com alimentos ou suplementos.

Suplementos alimentares
Os suplementos foram criados para suprir as necessidades fisiológicas, quando somente pela alimentação esse objetivo não consegue ser suprido. Porém, quero alertá-los que são concentrações de nutrientes específicos e que se consumidos de forma errada poderão estar simplesmente sendo “jogados fora” pelo organismo, ou, sobrecarregando-o. O correto é procurar um nutricionista para averiguar as reais necessidades, para que o suplemento seja coadjuvante representando a melhorar os resultados.
Como praticante da modalidade posso garantir que com uma alimentação adequada o desempenho no treino e o alcance dos objetivos é mais efetivo. Treinar com energia, com o corpo nutrido adequadamente, tudo se sincroniza mais facilmente: o antes do treino, o durante o treino e a recuperação pós treino se tornam um ciclo de sucesso.
Muito se tem a falar sobre nutrição e esporte, duas coisas que andam junto e se completam. A ideia inicial foi lançada, mas a maior e melhor orientação que se pode deixar é: procure um nutricionista, ele é o único profissional habilitado a organizar a alimentação de acordo com suas reais necessidades.

Camila Marini
Nutricionista – CRN2 13716
Especialista em Fisiologia do Exercício (UFRGS)
Especialista em Comportamento Alimentar (IPGS)
Faixa Preta de Jiu-Jitsu

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